Qui êtes-vous ?

Ma photo
nas montanhas, Brazil
Desde quando se encantou pelo circo e pelo cinema, Denise Santos expressa suas ideias e sentimentos através destas artes. Documentarista, produtora cultural, faz cicloviagens e é artista circense.

12 décembre, 2009

Silvina
    vinha
no
cio
e
pariu
Dante

22 novembre, 2009


eXPrESsÕeS

ser eu ou ser o outro?
e nesse ôco, busco o personagem meu que vago tateia significados, sopra poesias, inspira vogais.por enquanto enxergo deserto e sensações.
acomodo possibilidades.

11 novembre, 2009

... destruindo a ilusão, far-se-á desaparecer todo o interesse da peça.é essa mascarada, esse disfarce que prende os olhos do espectador. ora, o que é a vida? é essa espécie de comédia contínua em que os homens, disfarçados de mil maneiras diferentes, aparecem em cena, desempenham seus papéis, até que  ...
                                                                                
               erasmo de rotterdam

07 novembre, 2009

minha poesia se atrasou
e eu fiz silêncio

04 novembre, 2009

caminhou até a janela\ espiou\  entrou novamente
novamente \velha
nem percebeu
o   g     u     m

01 novembre, 2009

a verdadeira arte de viajar

a gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
chegamos de muito longe, de alma aberta e coração cantando!


(Mário Quintana- a cor do invísivel)

PLaNo mÉDiO

neste projeto o que me atrai não é o tema, e sim o caminho, em que busco realizar um trabalho minimalista, deixando um buraco na imagem de- tão -bruta, de- tão -simples, de- tão- rara.

23 octobre, 2009

o movimento do filme

o falsário torna-se o próprio personagem do cinema e não mais o  criminoso, o cowboy, o homem psicossocial, o herói histórico, o detentor de poder. O falsário é o novo personagem que vem operar o transito contínuo da forma fixa à metamorfose: Eu é outro substitui Eu= Eu, ou seja, contrariamente à forma do verdadeiro que é unificante e tende à identificação de um personagem, a potência do falso, do falsário, é inseparável de uma irredutível multiciplidade. Não se trata, portanto, com a potência do falso emergindo enquanto princípio de produção das imagens, de embuste, ilusão ou fraude colocadas no lugar e em oposição a um ideal de verdade, mas de uma vontade de potência que se põe em ato, relação entre forças, poder de afetar e ser afetado.

                                                                                                    
Gilles Deleuze, As potências do falso
foto do filme Cronique d `un été, de Jean Rouch e Edgar Morin

22 octobre, 2009

               
 uma
     
         recusa
                            por histórias
verossímeis.

natureza, tu reza, tunare

toda             é
        vida             interessante.

21 octobre, 2009


 
foto: Lázaro da Paz

é chegada a hora do final de pré produção, começam então os preparativos para às filmagens.
equipamentos-equipe técnica-dispositivos-roteiro técnico-viagem- tensão-excitação- contatos- pés e morros-imagens- poesia-calor-vontade.
enfim, lá vamos nós por estradas e lom-bra-das.

15 octobre, 2009

cine-olho

Eu sou um cine-olho. Eu sou um construtor. Eu te coloquei num espaço extraordinário que não existia até este momento. Nesse espaço tem doze paredes que eu registrei em diversas partes do mundo. Justapondo a visão dessas paredes e alguns detalhes consegui dispô-las numa ordem que te agrada e edifiquei, da forma adequada, sobre os intervalos, uma cine-frase que é, justamente, esse espaço.

Eu, cine-olho, crio um homem muito mais perfeito que aquele que criou Adão, crio milhares de homens diferentes segundo desenhos distintos e esquemas pré-estabelecidos.
Eu sou o cine-olho. Tomo os braços de um, mais fortes e hábeis, tomo as pernas de outro, melhor construídas e mais velozes, a cabeça de um terceiro, mais bonita e expressiva e, pela montagem, crio um homem novo, um homem perfeito.

Dziga Vertov

06 octobre, 2009

04 octobre, 2009

é no pé do morro é lá no cafundó

Quando me foi entregue a possibilidade de filmar unicamente a Bacia do Paramirim, critérios do edital em que o projeto foi contemplado, comecei a pensar em um esboço de pré roteiro para falar de um lugar que não conheço, nunca visitei.

Como minha pretensão não é a de mostrar a Bacia e sim ir em busca de pessoas comuns, determinei que tal território servisse mesmo como prisão para o filme, dali eu extrairia possíveis locações, ponto de encontro entre diretora e personagens.

Estabelecido o primeiro dispositivo de filmagem, o de prevê o espaço geográfico sem a intenção de um recorte prévio sobre tais localidades, recorri à internet e fiz uma pesquisa superficial sobre nomes de quilombolas na região.

Dentre vários quilombos, me chamaram a atenção Pé do Morro e Cafundó, onde acontecerão as filmagens.Dessas comunidades é o que sei, levam o nome de confins.

imagi-n-ação

o desafio neste trabalho documental está na relação com meu objeto, ainda confuso e titubeante. partir rumo a um lugar desconhecido em busca de personagens, pessoas comuns, num jogo de cena entre equipe e entrevistados.e assim, registrar a passagem do encontro.

03 octobre, 2009

não acredite em quem sempre diz a verdade.

Elias Canneti

com/edição/humana

os outros formam o homem, eu relato a seu respeito e represento um em particular, bastante mal formado: eu mesmo [...] Não posso fixar meu objeto; ele vai, confuso e titubeante, com uma ebriedade natural. Pego-o em qualquer lugar, como está, no instante em que com ele me divirto; não descrevo o ser, descrevo a passagem [...] Descrevo uma vida baixa e sem brilho: dá na mesma; é possível achar toda a filosofia moral numa vida popular e privada tanto quanto numa vida feita de matéria mais rica: cada homem leva em si a forma inteira da condição humana. (MONTAIGNE)

01 octobre, 2009




Não basta abrir a janela
para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
                                                         
                                                                            Alberto Caeiro

a mosca na sopa

“documentário é um tipo de ficção, uma ficção hard (...) uma forma de ficcionar o imponderável do mundo que nos rodeia, pois sempre envolve o recorte tendencioso do olhar de um realizador”

é no pé do morro é lá no cafundó, da conquistense Denise Santos, faz parte do projeto contemplado pelo edital 013/2008, APOIO À PRODUÇÕES DE OBRAS AUDIOVISUAIS NA FORMA DE DOCUMENTÁRIOS, do Governo do Estado da Bahia, Secult- Secretaria de Cultura da Bahia, Secretaria da Fazenda, Fundo de Cultura, Irdeb- Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia e TVE da Bahia.
O filme está em fase de pré produção e daqui a aproximadamente um mês a equipe de filmagem passará para a etapa de produção, quando na ocasião percorrerá o território da Bacia do Paramirim em busca de comunidades quilombolas. As locações já previstas são os quilombos Cafundó e Pé do Morro, situados nas cidades de Paramirim e Tanque Novo, respectivamente.

29 septembre, 2009

no cafundó de mim

 fotos: Lázaro da Paz

17 septembre, 2009




Mario Sergio, curta selecionado no Festival Nacional Imagem em 5 Minutos e no Festival de Vídeo Tela Digital.

sInoPse
Depois de 19 anos de prisão, Mario Sergio se muda para uma árvore em fente ao Ministério da Justiça, em Brasília-DF.
Ele conta que foi usado como cobaia num crime que envolve.... 

11 septembre, 2009

Kinema de poesia

"eu queria tanto ser um poeta maldito
a massa sofrendo enquanto eu profundo medito eu queria tanto ser um poeta social rosto queimado pelo hálito das multidões em vez olha eu aqui pondo sal nesta sopa rala que mal vai dar para nós dois"
Paulo Leminsk
início de pré produção cálculos, contatos e cafundós. é no pé do morro é lá no cafundó,
 de Denise Santos, mostra a equipe cinematográfica percorrendo a Bacia do Paramirim em busca de comunidades quilombolas. Um documentário em que pessoas anônimas atuam enquanto falam de si.
O cinema vérité, que eu utilizo como referência na minha abordagem,   defende como método de trabalho no documentário, o uso de câmara leve, na mão e som direto. Além do mais, parte-se do príncipio que um filme documental é senão o encontro entre aqueles que filmam e os seus personagens.